Foto: Arquivo/Sema
4ª expedição de monitoramento da biodiversidade na Reserva Iratapuru, em Laranjal do Jari

4ª expedição de monitoramento da biodiversidade na Reserva Iratapuru, em Laranjal do Jari

Primeira vez, pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e de Nova Iorque participam da pesquisa.


Para reforçar o compromisso de proteger e impulsionar o desenvolvimento das unidades de conservação, o Governo do Estado inicia a 4ª expedição de campo de 2024 do "Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade – Programa Monitora”, na terça-feira, 8, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru, no município de Laranjal do Jari.

Esta edição, que segue até 26 de outubro, é coordenada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), e recebe pela primeira vez seis pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a equipe brasileira do Botanical Garden de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Durante a expedição, os pesquisadores e colaboradores seguirão um protocolo detalhado para a coleta e análise de dados das plantas lenhosas. O trabalho busca obter informações precisas sobre a diversidade e a abundância das espécies arbóreas e arborescentes da reserva, com a mesma metodologia utilizada pelo Programa Monitora.

Equipe de pesquisadores farão análises de dados de plantas lenhosasEquipe de pesquisadores farão análises de dados de plantas lenhosas - Foto: Arquivo/Sema

A secretária de Estado do Meio Ambiente, Taísa Mendonça, ressalta que a colaboração de especialistas de diferentes instituições enriquecerá o processo e técnicas de coleta.

“O trabalho desenvolvido pelos pesquisadores, além de gerar um banco de dados sobre a nossa biodiversidade, reforça o compromisso com a proteção das nossas unidades de conservação”, pontuou a gestora.

Os pesquisadores demarcarão áreas previamente selecionadas, onde serão coletadas amostras e folhas para análises em laboratórios para identificação das espécies. O trabalho de campo também vai utilizar sistemas de GPS para o georreferenciamento, garantindo precisão da localização. Os resultados irão compor o banco de dados do programa nacional, além de gerar publicações para a comunidade científica e acadêmica.

Expedição na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru ocorre de cinco em cinco anosExpedição na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru ocorre de cinco em cinco anos - Foto: Arquivo/Sema

Monitoramento da biodiversidade

O monitoramento de plantas lenhosas do Programa Monitora é realizado a cada cinco anos e tem como finalidade analisar o desenvolvimento das espécies. O coordenador de Gestão de Unidade de Conservação e Biodiversidade, Euryandro Costa, explica que a expedição é muito importante para o monitoramento contínuo da biodiversidade nesta unidade sob a gestão estadual.

"Os dados coletados fornecerão informações valiosas sobre a saúde e a dinâmica da vegetação arbórea, ajudando na formulação de estratégias de conservação e manejo sustentável da reserva. Além disso, a colaboração entre instituições renomadas como o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e o Botanical Garden of New York permitirá a troca de conhecimento e o aprimoramento das técnicas de coleta e análise de dados”, ressaltou o coordenador.

O Programa Nacional Monitora é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Dividido em três subprogramas terrestre, aquático continental e marinho costeiro, ele é executado dentro das Áreas Protegidas da Amazônia (Programa Arpa) e atua através de expedições de campo, contribuindo para a proteção dos ecossistemas florestais e para o avanço do conhecimento científico sobre as plantas lenhosas na região Amazônica.

Por Alexandra Flexa




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