Quase 5 mil mulheres do Norte devem receber o diagnóstico de câncer de mama no biênio 2024/2025
Na somatória de 2024 com o próximo ano, 4.820 mulheres dos sete estados da região Norte do país devem ser diagnosticadas com um tumor maligno na mama. O Pará responde por 42% destes casos, mas a maior prevalência da região é registrada em Roraima, com 36,99 casos para cada 100 mil pessoas. Em alusão ao Outubro Rosa, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) reforça a importância da adoção de um estilo de vida saudável e outras medidas preventivas.
Na somatória da incidência dos sete estados da região Norte, a projeção é que sejam registrados 2.410 novos casos de câncer de mama em cada ano do biênio 2024/2025, totalizando assim 4.820 mulheres nortistas recebendo o diagnóstico da doença no período. Quatro entre dez destes casos serão registrados no Pará, com prevalência de 23,88 casos (taxa ajustada) para cada 100 mil pessoas. A maior taxa de prevalência da região, por sua vez, está em Rondônia, com 36,99 registros.
A região responde por apenas 3,2% de todos os casos de câncer de mama registrados no país. Não há uma única causa que explique essa baixa incidência, mas, em grande parte, é pelo fato de o Norte do país enfrentar uma maior escassez de infraestrutura hospitalar e profissionais, além de haver a necessidade de a população local precisar percorrer grandes distâncias, em meio às dificuldades logísticas de transporte.
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Acre |
100 |
26,20 |
Amapá |
80 |
20.04 |
Amazonas |
500 |
28,34 |
Pará |
1,020 |
23,88 |
Rondônia |
320 |
36,99 |
Roraima |
70 |
27,73 |
Tocantins |
320 |
35,72 |
TOTAL |
2.410 |
NÚMEROS DE CÂNCER DE MAMA EM TODO O PAÍS E NO MUNDO
O câncer de mama, doença que representa três em cada dez casos de câncer nas mulheres brasileiras, é o mais comum em mulheres de 157 países. No Brasil, a projeção para 2024 e 2025, é que 73.610 mulheres, em cada um destes anos, devem receber o diagnóstico de câncer de mama. Em todo o mundo, são registrados 2,3 milhões de novos anuais, com projeção de saltar para 2,9 milhões em 2035, o que representa um aumento de 27% no número absoluto de casos na próxima década. No período, a projeção é que a mortalidade anual por câncer de mama passe de 666 mil para 888 mil, um aumento de 33%. O câncer de mama não é exclusivo das mulheres. Cerca de 0,5% a 1% dos casos ocorrem em homens. Isso representa 1 caso em homem a cada 100 a 200 casos em mulheres.
Os dados acima, referenciados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) e os levantamentos Cancer Today e Cancer Tomorrow da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS), precisam ser vistos além dos números, alerta a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), que reforça a importância da campanha Outubro Rosa para a conscientização sobre a doença, estimulando, junto à população, medidas para prevenção primária (evitar que a doença ocorra, por exemplo, com adoção de estilo de vida saudável), prevenção secundária (diagnóstico precoce) e terciária (início do tratamento em prazo adequado, com qualidade).
“A estratégia mais inteligente a ser adotada por todos é a do incentivo à prevenção. A redução do número de casos nacionais e globais de câncer de mama passa por uma dieta equilibrada, prática de atividade física, redução e manutenção do peso, limitação do consumo de bebidas alcoólicas e não fumar. Com isso, se reduz a incidência e menos mulheres vão receber o diagnóstico e vir a necessitar de tratamento”, observa o cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e titular do Hospital de Base, de Brasília.
Sobre a SBCO - Fundada em 31 de maio de 1988, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) é uma entidade sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, que agrega cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado multidisciplinar ao paciente com câncer. Sua missão é também promover educação médica continuada, com intercâmbio de conhecimentos, que promovam a prevenção, detecção precoce e o melhor tratamento possível aos pacientes, fortalecendo e representando a cirurgia oncológica brasileira. É presidida pelo cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro (2023-2025).