Conheça os principais serviços operacionais de nuvens: IaaS, PaaS, SaaS e Computação sem Servidor
Os serviços de computação em nuvem são comumente divididos em quatro categorias: IaaS, PaaS, SaaS e Computação sem Servidor. Cada uma dessas categorias atende a distintas demandas e graus de responsabilidade em relação à infraestrutura.
A seguir, com a explicação de Vinicius Pontes, chefe de estratégia e arquitetura de plataformas em nuvem da Nexxt Cloud, apresentamos uma descrição detalhada de cada uma. Confira:
- Infraestrutura como Serviço (IaaS)
Definição:
O IaaS dá acesso a recursos básicos de computação, como servidores virtuais, armazenamento, redes e sistemas operacionais, geralmente sob demanda e com pagamento por uso.
Exemplos:
- Amazon Web Services (AWS EC2);
- Microsoft Azure;
- Google Compute Engine.
Benefícios:
- Controle: proporciona controle total sobre a infraestrutura.
- Escalabilidade: adapta-se facilmente conforme a demanda muda.
- Flexibilidade: perfeito para organizações que precisam de controle personalizado sobre servidores e redes.
Quem usa:
Desenvolvedores e empresas que querem gerenciar sua própria infraestrutura sem gastar em hardware físico.
- Plataforma como Serviço (PaaS)
Definição:
O PaaS oferece uma plataforma que possui ferramentas de desenvolvimento, middleware e sistemas operacionais, permitindo que os desenvolvedores criem, testem e implantem aplicações sem se preocupar com a infraestrutura básica.
Exemplos:
- Google App Engine;
- Microsoft Azure App Service;
- Heroku.
Benefícios:
- Foco no desenvolvimento: diminui a dificuldade de administrar servidores e infraestrutura.
- Eficiência: proporciona ferramentas prontas para acelerar o desenvolvimento.
- Integração fácil: inclui serviços como bancos de dados, autenticação e mais.
Quem usa:
Desenvolvedores que querem se concentrar no código e no desenvolvimento de aplicações, sem precisar gerenciar hardware ou sistemas operacionais.
- Software como Serviço (SaaS)
Definição:
O SaaS oferece aplicações completas pela internet, que podem ser utilizadas por um navegador, sem necessidade de instalação ou manutenção local.
Exemplos:
- Google Workspace (Docs, Gmail);
- Salesforce;
- Microsoft 365.
Benefícios:
- Facilidade de uso: pronto para uso imediato.
- Acessibilidade: pode ser acessado de qualquer lugar com internet.
- Custo reduzido: remove a necessidade de adquirir hardware ou licenças caras.
Quem usa:
Usuários finais, pequenas e grandes empresas que procuram soluções prontas para produtividade, colaboração e gestão.
- Computação sem Servidor (Serverless)
Definição:
Um modelo em que o provedor de nuvem cuida automaticamente da alocação de recursos e da execução de código, removendo a necessidade de gerenciar servidores diretamente.
Exemplos:
- AWS Lambda;
- Azure Functions;
- Google Cloud Functions.
Benefícios:
- Custo baseado em uso: paga-se apenas pelo tempo que o código é executado.
- Simplicidade: elimina a necessidade de configurar e gerenciar servidores.
- Escalabilidade automática: aumenta ou diminui conforme a demanda sem intervenção manual.
Quem usa:
Programadores que precisam de soluções rápidas e escaláveis para funções ou tarefas específicas, como processamento de eventos em tempo real.
Qual é o melhor para cada caso?
IaaS: quando você precisa ter controle completo sobre a infraestrutura para aplicativos muito personalizados;
PaaS: para acelerar o desenvolvimento sem se preocupar com a infraestrutura;
SaaS: para empresas ou pessoas que querem soluções prontas e simples de usar;
Computação sem servidor: para soluções rápidas, baseadas em eventos, ou com a necessidade de escalabilidade automática.
Vinicius diz que cada modelo atende a diferentes grupos e necessidades, e a escolha certa depende do nível de controle, preço e escala necessários.
Cada tipo de serviço de computação em nuvem é mais apropriado para situações do que setores específicos, com base nas demandas e particularidades de cada empresa. “Não existe uma regra para isso, mas é claro que algumas indústrias estão mais propícias a um modelo de serviços em nuvem”.
Portanto, podem ser utilizados com maior proveito nos seguintes setores:
- Infraestrutura como Serviço (IaaS)
- Tecnologia e TI: para startups e grandes empresas que precisam gerenciar sua própria infraestrutura;
- Mídia e entretenimento: processamento e armazenamento de vídeos em alta resolução;
- Ciências: execução de simulações computacionais pesadas;
- E-commerce: hospedagem de plataformas de vendas online escaláveis.
- Plataforma como Serviço (PaaS)
- Startups: para acelerar o lançamento de produtos sem grandes investimentos em infraestrutura;
- Educação: criação de portais de aprendizagem e sistemas de gestão acadêmica;
- Saúde: desenvolvimento de aplicações para gestão hospitalar e monitoramento de pacientes;
- Serviços financeiros: construção de ferramentas analíticas para prever tendências de mercado.
- Software como Serviço (SaaS)
- Pequenas e médias empresas (PMEs): soluções acessíveis para automatizar processos administrativos e operacionais.
- Educação: plataformas de ensino à distância (e-learning).
- Varejo e comércio: gerenciamento de estoque e vendas com ERPs baseados em nuvem.
- Saúde: sistemas para agendamento e prontuários eletrônicos.
- Computação sem Servidor (Serverless)
- Tecnologia e startups: para soluções rápidas e escaláveis sem a complexidade de gerenciar servidores.
- E-commerce: processamento de pagamentos e rastreamento de pedidos.
- Indústria: monitorização de sensores e controle de máquinas em fábricas inteligentes.
- Mídia e entretenimento: análise em tempo real de dados de transmissão ao vivo.
Vinicius finaliza ao argumentar que a jornada para a nuvem pública é uma transformação estratégica que oferece escalabilidade, flexibilidade e economia de custos. “No entanto, para colher os benefícios máximos e evitar erros comuns, é essencial ter uma estratégia bem definida antes de optar pelo modelo”.
Sobre a Nexxt Cloud:
A Nexxt Cloud, antiga uServices, que está no mercado desde 2019, é uma empresa brasileira especializada em oferecer soluções para gerenciamento de infraestrutura em nuvem, on-premises ou híbrida com alta qualidade. Fundada em 2024, é formada por executivos de mercado, com experiência adquirida ao longo dos anos na indústria de infraestrutura, inclusive na América Latina.