A taxa de desemprego continua caindo no Brasil 

A taxa de desemprego continua caindo no Brasil 

Atingiu 8,0% no trimestre de abril a junho. 


Não há dúvida de que, durante a pandemia, o emprego foi duramente atingido e inúmeras pessoas em todo o mundo ficaram sem uma fonte de trabalho, tendo que recorrer a empréstimos e outros meios para sobreviver. Somente no Brasil, a Covid-19 eliminou quase 8 milhões de empregos, sendo que os setores mais afetados foram o comércio, a construção civil e o serviço doméstico. 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 4 em cada 10 empresas foram obrigadas a interromper suas atividades na primeira quinzena de junho de 2020 e cerca de 1,3 milhão tiveram que fechar temporária ou permanentemente até 15 de junho.

Felizmente, pouco a pouco, os trabalhadores estão recuperando seus empregos e a taxa de desemprego está caindo. O IBGE informou que, no trimestre compreendido entre abril e junho, a taxa de desemprego caiu para 8,0%, o menor resultado para o período desde 2014. Esse número mostra uma redução de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, de janeiro a março, que foi de 8,8%. 

Em comparação com o segundo trimestre de 2022, a queda é ainda maior, já que na época era de 9,3%, ou seja, uma redução de 1,3%. Os dados, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), indicam que há atualmente 8,6 milhões de desempregados no Brasil. A notícia foi bem recebida pelo Ministro da Economia, Fernando Haddad, que disse que isso reflete que o governo está no caminho certo. 

O relatório também indicou que outras 1,1 milhão de pessoas encontraram trabalho nesse trimestre, elevando a população empregada para 98,9 milhões. Enquanto isso, a porcentagem de pessoas empregadas em relação à população em idade ativa aumentou para 56,6%. Outro dado importante a ser levado em conta foi a taxa de informalidade, que teve um leve aumento para 39,2%, já que era de 39% no primeiro trimestre. 

"Esse movimento aponta para uma recuperação do padrão estacional desse indicador. Pelo lado do emprego, destacamos a expansão dos trabalhadores na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, no trimestre e no ano", disse a coordenadora das Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy. 

O número de trabalhadores com contrato de trabalho permaneceu estável em relação à comparação trimestral. Já na comparação interanual houve um crescimento de 2,8%, ou seja, 991 mil empregos a mais, resultando em 36,8 milhões de pessoas. Por outro lado, os assalariados do setor privado, que não têm contrato de trabalho, chegaram a 13,1 milhões de pessoas, 303 mil pessoas a mais na comparação trimestral. 

Vale ressaltar que o aumento de empregos no setor informal e no setor público gerou, por sua vez, uma queda na taxa de pessoas desalentadas, que são aquelas que pararam de procurar trabalho por não terem esperança de encontrar um emprego. Em detalhes, a redução nesse grupo foi de 5,1% em comparação com o trimestre anterior e de 13,9% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Por fim, soube-se que a população fora da força de trabalho ficou em 67,1 milhões, um número estável em relação ao trimestre anterior; embora tenha crescido 3,6%, 2,3 milhões de pessoas a mais em relação ao mesmo trimestre de 2022. É importante observar que, para conhecer todos esses resultados da PNAD, a amostra coletada por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. 

 

Renda salarial 

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua também informou que o salário médio recebido no país foi de R$ 2.921, o que representa uma estabilidade em relação ao trimestre encerrado em março, mas um crescimento de 6,2% na comparação anual.

Nesse sentido, foi divulgado que o rendimento real habitual fechou em R$ 284,1 bilhões, 7,2% a mais que no ano passado, apresentando um aumento de R$ 19 bilhões.

Analisando por atividades econômicas, as que registraram maior aumento no ano foram: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com mais de R$ 124; indústria, com mais de R$ 115; construção, com mais de R$ 169; comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com mais de R$ 161; alojamento e alimentação, com mais de R$ 146; administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com mais de R$ 193; e serviços domésticos, com mais de R$ 70.

Além disso, entre as categorias de emprego que mais cresceram em relação ao mesmo trimestre do ano estão: empregado com contrato formal (3,3% ou mais R$ 87), empregado doméstico (6,5% ou mais R$ 70), empregado do setor público, onde estão incluídos os servidores públicos estatutários e militares (4,1% ou mais R$ 171), empregadores (17,4% ou mais R$ 1.108) e autônomos (7,8% ou mais R$ 169).

 

Projeções para 2023 

As expectativas do governo em relação à criação de empregos formais para 2023 estão sendo cumpridas, depois que o Ministério do Trabalho anunciou que 142.702 empregos líquidos foram criados em julho.

Assim, até agora, neste ano, foram criados 1,166 milhão de empregos, e a meta é atingir 2 milhões de empregos formais líquidos neste ano, de acordo com o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

No entanto, embora esse número esteja de acordo com as expectativas do mercado, ele também representou uma redução de 36,6% em comparação com o mesmo período do ano passado. Mesmo assim, todos os grupos de atividades analisados registraram uma criação positiva de empregos, com o setor de serviços liderando o caminho ao acrescentar 56.303 empregos.

Além disso, no sétimo mês do ano, o salário médio mensal dos novos empregos criados aumentou 0,96% em relação a junho, chegando a 2.032 reais, enquanto o número total de trabalhadores registrados aumentou 0,33% no Brasil em relação ao mês anterior, para 43,6 milhões. 


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