Divulgação/Flamengo
Apesar das críticas Sampaoli tem aproveitamento melhor que técnico campeão recentemente pelo Flamengo

Apesar das críticas Sampaoli tem aproveitamento melhor que técnico campeão recentemente pelo Flamengo



Em um momento de muitas críticas por parte da torcida e da mídia esportiva, o Flamengo vem sofrendo campanha de torcedores nas redes sociais além de  articulação de dirigentes nos bastidores do clube exigindo a demissão do treinador argentino Jorge Sampaoli.  Esse clamor por mudanças na equipe foi ainda mais intensificado pela eliminação precoce da equipe na Copa Libertadores, competição onde era considerada franca favorita frente ao Olímpia nas cotações das melhores casas de apostas de futebol.

No início da temporada de 2023 o Flamengo era considerado por apostadores, sites de apostas, torcedores e imprensa a equipe brasileira favorita a conquistar os principais títulos da temporada. Apesar da expectativa, o Flamengo já perdeu seis dos oito títulos possíveis em 2023

Essa insatisfação de torcedores e dirigentes após sucessivos fracassos na temporada apontaria que o técnico argentino não está conseguindo otimizar o desempenho do time.

Entretanto, uma análise de desempenho revela que Sampaoli é o terceiro técnico com melhor aproveitamento no clube desde a saída de Jorge Jesus, o treinador português que se tornou um ícone com os títulos conquistados entre 2019 e 2020. Com uma taxa de sucesso de 63,9% em 36 jogos, Sampaoli está à frente de Paulo Sousa, Rogério Ceni (que foi campeão carioca, brasileiro e da Supercopa do Brasil com o clube) e Vítor Pereira, e empata com Domènec Torrent. Ele só é superado por Renato Gaúcho e Dorival Júnior.

 

Desempenho de Técnicos no Flamengo após Partida de Jorge Jesus

Renato Gaúcho: 72,1% (37 partidas)

Dorival Júnior: 66,7% (43 partidas)

Jorge Sampaoli: 63,9% (36 partidas)

Domènec Torrent: 63,9% (24 partidas)

Paulo Sousa: 61,9% (19 partidas)

Rogério Ceni: 55,6% (36 partidas)

Vítor Pereira: 33,3% (18 partidas)

 

Última Oportunidade de Redenção na Temporada: Flamengo Enfrenta Seu Ex-Treinador na Copa do Brasil

Enquanto o Flamengo se prepara para os embates decisivos na Copa do Brasil contra o São Paulo, a sombra de Dorival Júnior, o último treinador a levar o clube a títulos de expressão, paira sobre o confronto. Curiosamente, Dorival agora dirige o São Paulo, o adversário que o Flamengo terá que superar para salvar uma temporada repleta de altos e baixos.

Em um encontro com a imprensa recentemente, Dorival não apontou qualquer vantagem para sua equipe atual, apesar de seu profundo conhecimento sobre o Flamengo. "Conheço bem o time e os jogadores, mas não acredito que isso vá ser um fator decisivo," disse o técnico.

Depois de conquistar a Copa do Brasil e a Libertadores em 2022 sob a gestão de Dorival, o Flamengo passou por uma fase de reestruturação, culminando na contratação de Vítor Pereira, que foi posteriormente substituído por Jorge Sampaoli. Agora, com Sampaoli no leme, o clube enfrenta uma pressão massiva para vencer esta competição. De todas as oportunidades de título que o Flamengo teve nesta temporada, esta é a última e talvez a mais significativa. A performance do time sob Sampaoli vem sendo amplamente debatida e criticada, aumentando ainda mais o clamor pela sua substituição.

De qualquer forma, um elemento crucial que raramente é discutido é a pressão sob a qual os técnicos trabalham, especialmente em clubes com a magnitude do Flamengo. A expectativa é sempre alta, e a paciência é curta tanto por parte da torcida quanto da diretoria. No entanto, grandes mudanças nem sempre produzem resultados imediatos. Por mais que a temporada tenha sido difícil, com eliminações dolorosas, é essencial entender que a construção de uma equipe vencedora é um processo, não um evento isolado.

Nesse contexto, a final contra o São Paulo na Copa do Brasil se torna ainda mais relevante. Não apenas como a última chance de redenção nesta temporada, mas talvez como um voto de confiança ou um veredito final para o projeto de Sampaoli à frente do Flamengo. A pressão é alta, mas os números sugerem que, talvez, a paciência possa ser a melhor estratégia no momento.

Ao olhar para o cenário geral, fica claro que, embora a insatisfação seja alta, há nuances que precisam ser consideradas antes de tomar decisões drásticas como a demissão do treinador. Afinal, o futebol é um esporte coletivo, e o treinador, por melhor que seja, precisa de tempo para implementar sua visão e estratégia. O confronto com o São Paulo, por isso, é mais do que uma final de torneio; é um teste para a paciência e a visão de longo prazo do clube e sua torcida.




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