Edilson Rodrigues/Agência Senado
Ministra Marina Silva destaca desafios ambientais e econômicos em audiência na comissão de Meio Ambiente

Ministra Marina Silva destaca desafios ambientais e econômicos em audiência na comissão de Meio Ambiente



Nesta quarta-feira (23), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfatizou o desafio e a oportunidade que o Brasil enfrenta ao buscar equilibrar a preservação ambiental com o desenvolvimento econômico. Durante uma audiência pública na Comissão de Meio Ambiente (CMA) que durou quase quatro horas, a ministra abordou temas como questões fundiárias, exploração de petróleo, a Conferência do Clima em Belém e o conceito de "justiça climática".

Requerida pela presidente da CMA, senadora Leila Barros (PDT-DF), e pelo senador Marcio Bittar (União-AC), a reunião serviu como uma oportunidade para Marina Silva apresentar as políticas e prioridades de sua pasta.

A ministra observou que a gestão ambiental é ainda mais desafiadora devido à atual realidade das mudanças climáticas. Ela destacou o compromisso de fazer com que o Brasil aproveite suas potencialidades como potência ambiental, agrícola e hídrica. Além disso, Marina salientou a importância de considerar "vantagens comparativas" e "vantagens distributivas" ao abordar a interseção entre preservação ambiental e desenvolvimento econômico.

Marina também discutiu sobre o conceito de "economia verde" e como é possível conciliar a discussão ambiental com questões econômicas e tributárias. Ela ressaltou a importância de combater o racismo ambiental e trabalhar para a justiça climática, especialmente em relação às populações mais vulneráveis afetadas pelas mudanças climáticas.

Durante a audiência, a ministra abordou temas como regularização fundiária, exploração de petróleo, resíduos sólidos, políticas para biomas como a Caatinga e o Cerrado, além de responder a questões sobre pesca, caça, e políticas para regiões específicas do país.

Marina Silva enfatizou a necessidade de implementar a lei ambiental, destacando a importância de não promover alterações no Código Florestal neste momento. Ela também fez uma distinção entre o "agronegócio" e o "ogronegócio", este último referindo-se à parte do setor que opera fora da legislação.

Ao fim da audiência, Marina agradeceu aos senadores pela oportunidade e explicou que o adiamento anterior de sua participação se deu por reuniões com o presidente da República, problemas de saúde e a intensa atividade durante a Semana do Meio Ambiente.

 

Fonte: Agência Senado




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