Pacientes que enfrentam a batalha contra o câncer têm buscado na Justiça uma chance de adquirir uma substância promissora desenvolvida no Instituto de Química da USP, localizado em São Carlos, São Paulo. De acordo com uma reportagem recente, essa substância tem demonstrado resultados altamente positivos no combate à doença.
Marcelo Segredo, Presidente da Associação Brasileira do Consumidor - ABC, destacou em uma entrevista que o pesquisador responsável pela substância da USP afirma que o tratamento não deixa sequelas, não enfraquece o sistema imunológico, não causa queda de cabelo e não requer mutilações. Surpreendentemente, mais de 800 pacientes com câncer já utilizaram o medicamento, alcançando resultados promissores em seus tratamentos.
A reportagem também menciona que a FIOCRUZ emitiu um parecer favorável à nova descoberta. No entanto, a comercialização da substância permanece indisponível, levantando questões sobre possíveis interesses financeiros em jogo. A substância, conhecida como fosfoetanolamina sintética, atua marcando as células cancerígenas no corpo, permitindo que as células saudáveis combatam e eliminem as células prejudiciais, oferecendo esperança e uma possível cura.
Para obter acesso a esse tratamento, os pacientes precisam entrar com uma ação judicial, e uma liminar é geralmente concedida rapidamente devido à urgência em casos de saúde. A partir daí, a própria universidade é responsável por administrar o tratamento.
A ação judicial requer cópias de exames e laudos que comprovem a existência da doença, e não é necessário um pedido médico, uma vez que os médicos geralmente se recusam a emiti-lo, já que o medicamento não está disponível comercialmente.
A falta de disponibilidade comercial da substância é atribuída, em parte, ao baixo custo do tratamento, que ameaça os lucros da indústria farmacêutica. Essa descoberta científica enfrenta pressões políticas e conflitos de interesses, impedindo sua comercialização ampla, apesar da esperança que oferece para milhões de pacientes com câncer. Enquanto tratamentos convencionais podem custar mais de R$ 15 mil, essa nova abordagem promissora pode representar uma oportunidade acessível para pacientes em busca de uma cura.