Amapaenses são os investidores que mais cresceram em operações com perfil de maior apetite ao risco 

Amapaenses são os investidores que mais cresceram em operações com perfil de maior apetite ao risco 

Levantamento do Santander Brasil no estado observa uma alta de 69% dos investimentos na renda variável no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2022


Levantamento realizado pelo Santander Brasil mostra que os clientes do Amapá foram os que demonstraram maior apetite ao risco no país. Os aportes em renda variável tiveram um incremento de 69% e só apresentaram alta ainda no país no Mato Grosso do Sul, 57%, e Goiás, 3%. O estudo compara os investimentos realizados pelos clientes do Banco entre janeiro e junho de 2023 ante o mesmo período do ano passado.

Em contrapartida, a caderneta de poupança, considerada o investimento preferido dos brasileiros, perdeu 20% do seu volume no Amapá, de acordo com o levantamento. O estado que registrou a segunda maior queda nesse modelo de operação de baixo risco, ao lado de Tocantins, ficando atrás somente do Maranhão por quatro pontos percentuais.

 

PERFIL NACIONAL

No cenário nacional, mesmo com a taxa de juros permanecendo inalterada em 13,75% por um longo período no Brasil, investimentos ultraconservadores perderam espaço na carteira dos aplicadores neste primeiro semestre do ano. Levantamento realizado pelo Santander Brasil mostra que títulos públicos, fundos DI e até a poupança cederam espaço para opções como Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs). 

A renda fixa – que engloba CDBs, LCI, LCA e LIGs – foi a categoria que mais cresceu no período nacionalmente: 17%, saltando de 32% do total da carteira dos investidores no primeiro semestre de 2022 para 37,5% de janeiro a junho de 2023. 

Outra categoria que também registrou crescimento no período foram os Certificados de Operações Estruturadas (COEs), que avançaram 28% em 12 meses, ainda que sua representatividade seja bem menor que a da renda fixa: 5% do portfólio ao fim de junho deste ano.

“Os dados revelam maturidade dos investidores dispostos a correr um pouco mais de risco – além de uma menor liquidez – em troca de maiores retornos. Tudo isso sem renunciar à segurança oferecida pela Selic ainda em patamares bastante altos”, afirma Leonardo Siqueira, head de Investimentos do Santander Brasil.

Os outros investimentos mais conservadores como o Tesouro Direto e fundos de renda fixa, incluindo os fundos DI, ficaram menos atrativos aos olhos dos investidores: os aportes recuaram 2% e 14%, respectivamente. 

Outras categorias que também registraram queda nos aportes foram os fundos multimercados, crédito privado e cambiais, que passaram de 9,15% para 6,36% do total do portfólio; fundos de renda variável, que recuaram de 2,06% para 1,26% do total; previdência, de 33,2% para 32,41%; além dos ativos de crédito privado de 1,29% para 1,02%; e ações, ETFs e fundos imobiliários, cuja participação na carteira caiu de 4,12% para 3,45%.

Até a caderneta de poupança, considerada o investimento preferido dos brasileiros, perdeu espaço nacionalmente, passando de 20,94% do total do portfólio em junho de 2022 para 19,72% em junho deste ano.


Por Kauê Diniz




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