Foto: Cristiane Nascimento/GEA
Agentes de saúde municipais recebem capacitação para monitoramento da dengue no Amapá

Agentes de saúde municipais recebem capacitação para monitoramento da dengue no Amapá

Objetivo é implantar uma estratégia para identificar locais com maior incidência do mosquito.


O Governo do Amapá deu início nesta quinta-feira, 20, uma capacitação para agentes de saúde dos municípios atuarem no monitoramento da dengue. A iniciativa coordenada pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), busca o fortalecimento do combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A ação integra a política pública de saúde do Plano de Governo, prioritária na gestão.

Durante os dois dias de treinamento, que encerra nesta sexta-feira, 22, serão debatidas e avaliadas novas formas de controle da proliferação do mosquito. O superintendente da SVS, Cássio Peterka, explica que a estratégia é implantar a metodologia por “ouvitrampa”, que simulam o ambiente para a procriação do mosquito, atraindo para captura. O método permite uma compilação de dados de forma mais ágil e precisa.

“É um método que traz um gradeamento georreferenciado, permitindo que a gente tenha informações em um curto intervalo de tempo e consiga fazer mobilizações mais rápidas para evitar situações como a que a gente está enfrentando. Hoje estamos discutindo a implantação dessa estratégia, utilizada em outros estados, aqui no Amapá em parceria com Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado (Iepa)”, ressaltou o superintendente da SVS.

Durante o treinamento de abertura foi feita uma abordagem sobre as formas de proliferação do mosquito pelo Dr. José Bento Lima, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro, referência no controle do Aedes aegypti no Ministério da Saúde (MS). Ele reforçou a eficácia do método de monitoramento.

“Essa parceria do Ministério da Saúde, com os estados e os municípios para implantação da vigilância através da ovitrampa é um passo importante porque essa armadilha é muito sensível e ela consegue detectar onde está localizado e onde há maior densidade de mosquito. E com isso é possível ter um direcionamento melhor das ações de controle, para preservar o meio ambiente e otimizar as equipes, que ainda são pequenas em cada cidade”, frisou.

O diretor de pesquisas e coordenador de Entomologia Médica do Iepa, Dr. Allan Kardec, destacou que a ideia é manter uma vigilância constante em todo o estado porque a dispersão do mosquito não é igualitária e é necessário identificar os pontos cruciais e a implantação desse sistema vai permitir esse mapeamento.

”Esse é um trabalho que a gente já faz há algum tempo,  que é estruturar a vigilância entomológica, porque na verdade só existe transmissão de doenças porque tem vetores. E a gente pouco sabe sobre eles até que comecem a ocorrer as epidemias. A proposta deste estudo é que você tenha 16 municípios que monitorem mensalmente as suas áreas e consigam perceber antes de acontecer os casos da doença os pontos que estão acumulando mosquitos, e direcionar a ações de controle para o local”, explicou Kardec.

Foram convidados para a capacitação agentes de saúde municipais de todo o estado para que o sistema seja implantado em todo o território. O supervisor de Arboviroses de Porto Grande, Adenilson Pantoja, ressaltou que essa é uma maneira de melhorar as práticas para controlar a proliferação da dengue

"Participar desses debates ajuda a adquirir mais conhecimento técnico atualizado para aprimorar o trabalho que nós já desenvolvemos. Isso é fundamental para que a gente consiga alcançar medidas mais eficazes e vença essa batalha contra as arboviroses", finalizou.

 

Próximos Passos

Após o treinamento será escalonada a implementação do método nos municípios de acordo com a capacidade operacional de cada um. A equipe da SVS fará o acompanhamento da adesão e dará o suporte necessário para as cidades que vão implantar a estratégia para maximizar e melhorar a utilização da mão de obra já existente, por meio de tecnologias inovadoras.

 

Por: Cristiane Nascimento


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