Evento promove debate público sobre saúde da mulher
A palestra ocorre no dia 07/03 (quinta-feira), às 10h, na Unifap, campus Marco Zero do Equador, em Macapá (AP).
O projeto de extensão Agentes Eletrofísicos e Reabilitação irá realizar a palestra intitulada “Cuidando da Saúde Íntima: Mitos, cuidados e prevenção”, que ocorre no dia 07/03 (quinta-feira), às 10h, no bloco do curso de Medicina, no campus Marco Zero do Equador, da Universidade Federal do Amapá (Unifap), em Macapá (AP). Inscrições disponíveis no link https://forms.gle/AgiFrTMrFZ9g3SEV9.
O evento terá palestras de especialistas em saúde íntima feminina e tem o objetivo de debater sobre sinais de alerta e os cuidados íntimos preventivos para as mulheres. O evento é gratuito e tem como público-alvo mulheres das comunidades interna e externa da Unifap com faixa etária a partir dos 15 anos, ressalvando que, em caso de a participante ser menor de idade, é necessário estar acompanhado de um responsável.
O evento é promovido pelo Projeto Agentes Eletrofísicos e Reabilitação, vinculado ao Programa de Formação, Aperfeiçoamento, Qualificação Profissional e Idiomas (Profid), e atua em duas subáreas: musculoesqueléticas e saúde da mulher. O projeto de extensão é coordenado pelo Prof. Dr. Cleuton Braga, com atuação na área de musculoesqueléticas, e a Profa. Dra. Juliana Padilha, que está à frente da área de saúde da mulher. O evento ocorre em parceria com a Liga Acadêmica em Saúde da Mulher (Lafism), formada por docentes e discentes do curso de Fisioterapia.
Sobre o Projeto
O Projeto Agentes Eletrofísicos e Reabilitação existe desde 2023 e desenvolve ações relacionadas à saúde em ortopedia, traumatologia, musculoesqueléticas e saúde da mulher.
A Profa. Dra. Juliana Padilha destaca que o projeto desenvolve atividades educativas para divulgar informações sobre a saúde feminina.
"Através de diversas ações, fisioterapeutas podem contribuir para melhorar a qualidade de vida das mulheres e garantir que elas tenham acesso aos cuidados de saúde de que necessitam, informar o público sobre temas importantes da saúde da mulher, como: incontinência urinária e fecal, disfunções sexuais, dor pélvica, prevenção e tratamento de osteoporose, reabilitação após o parto, cuidados com o assoalho pélvico e climatério e menopausa”, explica a coordenadora.
O projeto também desempenha ações de prevenção. “A participação em campanhas como prevenção do câncer de mama e do colo do útero, violência contra a mulher e depressão pós-parto também são rotineiras nas práxis do projeto. Outro ponto a se destacar é o atendimento individualizado, com temas como sexualidade, autocuidado e planejamento familiar”, declara a Profa. Dra. Juliana Padilha.
Ainda de acordo com a coordenadora do projeto, o cenário de políticas públicas para a saúde feminina é precário e não alcança todas que precisam de assistência.
“A Constituição Federal de 1988 garante à mulher o direito à saúde integral, incluindo a saúde reprodutiva. Desde então, o Ministério da Saúde oferta vários programas e ações para a atenção integral da saúde da mulher, onde se destacam os programas de pré-natal, parto, puerpério, planejamento familiar, prevenção e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), câncer de mama e colo do útero, climatério”, afirma a Profa. Dra. Juliana Padilha.
Saúde feminina
A fisioterapeuta Letícia Ribeiro, especialista em fisioterapia pélvica, será uma das palestrantes no evento. Ela destacou algumas informações importantes a respeito da saúde íntima da mulher, como a reincidência de incontinência urinária, que pode se tornar sintomas de alerta para mulheres.
Letícia frisou que “a infecção urinária é muito encontrada em mulheres que já têm incontinência urinária. Outra doença é o prolapso de órgãos pélvicos, popularmente conhecido como bexiga caída. Se eu tenho um assoalho pélvico fraco, que não consegue conter essa perda urinária, ele não vai conseguir sustentar também os órgãos que estão nessa região, consequentemente posso ter um prolapso de órgãos”, aponta.
Segundo a fisioterapeuta, cuidados preventivos na rotina de higiene pessoal fazem a diferença para a saúde da mulher.
"Utilizar peça íntima de algodão, ao dormir, optar por roupas leves alternadas a não utilização de peça íntima, para que a região íntima possa respirar. Evitar o uso de peça íntima popularmente conhecida como o tipo fio dental, que acaba transportando bactérias do ânus para o canal vaginal. Outra recomendação é urinar e lavar a região íntima, logo após a atividade sexual, a fim de eliminar resíduos que podem entrar na uretra”, elenca Letícia Ribeiro.
A fisioterapeuta continua: "Evitar usar roupas apertadas que abafam a região íntima, fazer uma boa ingestão de água no dia para prevenir a infecção urinária. Utilizar sabonete íntimo em pequena quantidade e ter o PH ácido, que é o mesmo da vulva. Para mulheres acima de 25 anos, realizar anualmente o PCCU, conhecido como preventivo", observa.
Sobre a Lafism
A Liga Acadêmica em Saúde da Mulher (Lafism) existe desde 2022 e tem como finalidade a promoção da educação em saúde à comunidade. A Lafism também desempenha um papel social com serviços para a comunidade.
“Atuamos tanto em ações para o público externo quanto o interno. Por exemplo, realizamos campanhas de arrecadação de itens de higiene pessoal para doarmos para pessoas em situação de vulnerabilidade. Também realizamos intervenções em comunidades, escolas e ONGs sobre educação em saúde [...] Além disso, realizamos palestras para o público interno, com temas de cunho social e científico. Nosso objetivo é atuar em todas as áreas da comunidade, levando a informação e conscientização”, conclui Luiza Campos, estudante de Fisioterapia e membro da Lafism.
Por Juliana Alves (Bolsista Comunicação Profid)