Governo do Amapá envia 175 mil sementes de mandioca para atender 500 famílias indígenas de Oiapoque
Plantações da região são afetadas por doenças que comprometem a base da alimentação indígena.
O Governo do Amapá iniciou nesta terça-feira, 16, o envio de 175 mil sementes de mandioca para o município de Oiapoque. O material será direcionado para 500 famílias de 12 comunidades indígenas onde plantações são afetadas por doenças e pragas.
As sementes, das espécies jurará e mari, foram adquiridas pelo Governo do Amapá e são provenientes do estado do Pará. Elas são melhoradas e mais resistentes, com maior chance de desenvolvimento no solo. O volume será suficiente para atender 14,5 hectares de roça de mandioca.
A previsão é que o material chegue a Oiapoque nesta quarta-feira, 17. A partir daí, será distribuído entre as localidades para plantio, multiplicação e retirada das raízes para a produção de farinha de mandioca, a base da alimentação indígena. A estimativa é que todo o processo tenha a duração de 12 meses.
A primeira região a ser atendida é a do Rio Urukauá, conforme definição das lideranças indígenas. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (SDR) e a Secretaria Colegiada dos Povos Indígenas coordenam a ação.
“Nos próximos dias, temos a expectativa de receber mais 220 mil sementes e atender mais 19 hectares nas áreas indígenas de Oiapoque”, informou o secretário da SDR, Rafael Martins. Após a entrega nas comunidades, equipes técnicas da SDR, do Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural (Rurap) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) acompanharam o plantio nas roças indígenas.
Ao todo, o Governo do Amapá adquiriu 400 mil sementes para as comunidades. O volume é suficiente para atender 34 hectares de plantio. Em outra frente, o Estado compõe uma ação humanitária que envia farinha de mandioca à população indígena.
Parceria
Ainda como ações para atender as comunidades indígenas de Oiapoque, existem mais 12,5 hectares de sementes de mandioca sendo multiplicadas no campo da Embrapa no KM-48 da BR-156, em Macapá, e em uma fazenda no município de Tartarugalzinho.
"O planejamento é que, com esse material, possamos amenizar essa situação que afeta as roças em nossas comunidades”, destacou a secretária dos Povos Indígenas, Sônia Jeanjacque.
Por: Weverton Façanha