Sustentabilidade: Como multinacionais devem se posicionar na redução da emissão de carbono

Sustentabilidade: Como multinacionais devem se posicionar na redução da emissão de carbono



Os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados, de acordo com o relatório Estado do Clima Global 2022, da Organização Meteorológica Mundial (OMM). E as causas são velhas conhecidas: as concentrações cada vez maiores de gases de efeito estufa e o calor acumulado. Esse cenário negativo resulta em um crescimento tanto na adoção de iniciativas que reduzem as emissões desses gases, quanto nas cobranças para que a sociedade como um todo se comprometa com essa causa mais seriamente.

Já temos organizações como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial defendendo medidas para diminuir a emissão de carbono no mundo por meio da cobrança de impostos e limitação de investimentos em combustíveis fósseis, o que escancara ainda mais a responsabilidade das empresas com a promoção de ações conscientes e positivas para o planeta.

Recentemente, a China anunciou que deve investir US$ 13,7 trilhões em energia limpa até 2060 para reduzir emissões de carbono, visto que ela é responsável por aproximadamente 30% das emissões totais. O país também se comprometeu a levar essas emissões a um pico até 2030, e a expectativa é que, caso essa meta seja alcançada, haja uma redução do aquecimento global em 0,2 a 0,3 grau Celsius nesse século.

Devido a todo esse contexto, o espaço no mercado para empresas que não se preocupam com o meio ambiente está cada vez mais reduzido. E conforme as apreensões globais com as mudanças climáticas se intensificam, as multinacionais assumem um papel importante na busca por soluções sustentáveis, com as práticas ESG ganhando destaque dentro das companhias.

É fundamental ressaltar que a jornada rumo à sustentabilidade envolve um olhar atento a todas as operações da empresa, para entender como é possível otimizar processos e reduzir a pegada de carbono. Também é importante participar de iniciativas globais e colaborar com organizações e campanhas dedicadas à sustentabilidade empresarial, pois isso permite conhecer novas e melhores práticas e agir em conjunto em prol desse objetivo em comum.

Além disso, a transparência é um pilar extremamente importante. As companhias devem divulgar regularmente informações relacionadas às suas práticas e desempenho ambiental, já que isso não apenas incentiva a responsabilidade corporativa, como também mostra para os consumidores que elas estão preocupadas com o meio ambiente e tomando atitudes reais nesse sentido – e sabemos que hoje em dia o público valoriza muito mais as marcas com consciência ambiental.

Por último, mas não menos importante, os investimentos em inovação também são essenciais e ajudam a reduzir a emissão de carbono, principalmente aqueles com foco em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas. Por conta desse cenário, as multinacionais precisam entender que a sustentabilidade já deixou de ser uma escolha ética e um diferencial competitivo, e agora faz parte das estratégias de negócios inteligentes e pode determinar o sucesso da companhia.

 

Por Flávio Guimarães, é Presidente da Corning na América Latina e Caribe, uma das líderes mundiais em inovação da ciência de materiais que desenvolve produtos para as áreas de comunicações ópticas, eletrônicos móveis de consumo, tecnologias para displays, automóveis e ciências da vida


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