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Ministério Público busca soluções para paralisação das aulas na rede pública estadual no Amapá

Ministério Público busca soluções para paralisação das aulas na rede pública estadual no Amapá

Promotores de justiça mediaram reuniões entre Governo do Estado e Sindicato dos Servidores Públicos em Educação em busca de um acordo para o retorno das atividades escolares


Nesta sexta-feira (2), os promotores de justiça Iaci Pelaes e Laércio Mendes, da Promotoria de Defesa da Educação e Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, respectivamente, do Ministério Público do Amapá (MP-AP), deram continuidade aos encaminhamentos referentes às reclamações dos pais de alunos sobre a paralisação das aulas na rede pública estadual. Medidas estão sendo tomadas em conjunto com o Governo do Estado (GEA) e o Sindicato dos Servidores Públicos em Educação (SINSEPEAP).

Na quinta-feira (1º), o promotor Iaci Pelaes se reuniu com a secretária de Estado da Educação, Sandra Casimiro, e o secretário de Administração, Paulo Lemos, para discutir as despesas da Secretaria de Educação (SEED) e a paralisação das aulas. Foram solicitados documentos que comprovem as despesas com folha de pagamento dos professores e demais profissionais da Educação, bem como informações sobre os gastos com merenda escolar, manutenção de prédios, segurança nas escolas e transporte escolar. A secretária Sandra atendeu às solicitações e apresentou a documentação requerida.

Em relação à paralisação das aulas nas escolas estaduais, o promotor questionou sobre as negociações entre a SEED e o SINSEPEAP, as medidas adotadas pelo Governo do Estado do Amapá (GEA) e as reivindicações feitas pela categoria. Sandra Casimiro forneceu informações sobre as rodadas de negociação e as tentativas de acordo mal sucedidas. Foi instaurado um procedimento para investigar a paralisação das aulas devido à greve, e os promotores convocaram os representantes sindicais para uma reunião nesta sexta-feira (2) com representantes da SEED, porém, não houve consenso entre as partes.

Os representantes do GEA alegam que o Estado não possui previsão orçamentária para atender a todas as reivindicações do SINSEPEAP, além do que foi proposto. Por sua vez, os sindicalistas desejam que o Estado se comprometa a acrescentar mais 3% em dezembro, independentemente do aumento da receita estadual e dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB).

"O MP-AP está atuando como mediador entre as partes para encontrar uma solução extrajudicial que atenda aos interesses envolvidos e permita o retorno dos alunos às salas de aula. Nosso objetivo é promover o diálogo, alcançar um consenso e encontrar uma solução, seguindo as orientações do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)", afirmou o promotor Iaci Pelaes.

 

Por Mariléia Maciel




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